segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Últimos Preparativos




Com a compra do Baú e de uns últimos acessórios chego na reta final do momento de partida. E é nessa hora que uma das últimas coisas que faltavam para um bom começo aconteceram: minha primeira queda.

Como há os que digam que existem dois tipos de motociclistas, os que caíram e os que vão cair, agora que pertenço ao primeiro time sigo em frente com uma certa segurança, até mesmo um ar de austeridade agora que os ferimentos são mais lembranças que dor real.

Aprendi uma grande lição. Quando acaba o respeito na máquina se esvaia o respeito próprio e aí nos entregamos a mão do destino que pode ser muito dura as vezes - ou o suficiente para lembrarmos o quão frágil é a nossa carne.

Mas como eu aprendo da maneira mais difícil valeu ter caído agora. A moto ficou com a partida elétrica falhando e os piscas esquerdos foram quebrados. O mecânico disse que com o choque e a virada a bateria pode perder carga. Moto consertada, orgulho refeito, me sinto a cada dia mais pronto para a viagem.

7 dias para a partida.

2 comentários:

Anônimo disse...

"Fluência ideacional parece estar relacionada com impulsividade, confiança própria, ascendência, maior apreciação de originalidade e inclinação para longe do neuroticismo. Parece que vemos emergir o retrato de uma pessoa que encontra prazer em intenso, constante e vigoroso esforço para vencer obstáculos".

de "CRIATIVIDADE, MEDIDAS, TESTES E AVALIAÇÕES - E. PAUL TORRANCE"

Se eu confio em alguém para respeitar as máquinas, levantar de uma queda e abraçar esse desafio, esse alguém é você.

Beijos que te esperam.

Élida.

davis disse...

As aventuras sempre se sucedem umas as outras, se juntando e se transformando em uma parte de nós.

Das repetidas derrotas na peteca paga-cú até os dias deste Diário de Motocicleta (passando pelas surras antológicas no thai), meu querido amigo já vivenciou muita coisa.

Viverá muito mais, tenho certeza, porque trata-se de uma pessoa muito (mas MUITO) inquieta.

Talvez isto tenha origem na infãncia. Ouvi dizer que começou a andar aos quatro meses de idade, provavelmente por causa da feiura insuportável até pra mãe, que nao gostava de carregar o pobre no colo.

Efim, o cara está acostumado a superar desafios. Na verdade, acho que até gosta de procurá-los.

Torço muito, hoje e sempre, para que continue encontrando, vencendo (ou perdendo), mas acima de tudo crescendo com elas.

Sucesso guerreiro!

David Aguiar.